Podem surgir nódulos no fígado, benignos ou malignos, sendo importante diferenciá-los para que possam ser tratados de forma adequada. Alguns nódulos benignos, normalmente, não têm consequências, como os hemangiomas e a hiperplasia nodular focal; outros, como os adenomas, podem apresentar potencial de malignização e necessitam de vigilância. Nódulos malignos, como o hepatocarcinoma e o colangiocarcinoma, são mais comuns em pessoas que já possuem uma doença prévia no fígado e precisam ser identificados precocemente para que recebam o melhor tratamento.

O fígado também pode ser sede de metástases de tumores provenientes de outros órgãos, como intestino, estômago, pâncreas, entre outros. Para diagnosticar os tipos de nódulos, propor e realizar o tratamento adequado, contamos com uma equipe multiprofissional que avalia cada caso. O Felício Rocho dispõe de diversas opções terapêuticas e dos tratamentos mais avançados para cada tipo de lesão hepática.

Tratamentos disponíveis:

- Ablação por radiofrequência: procedimento realizado por radiologista intervencionista, que utiliza o calor gerado por ondas de radiofrequência para destruir as células cancerígenas. De forma minimamente invasiva, o tumor é acessado por uma agulha guiada por imagens (tomografia ou ultrassom). Essa agulha é responsável por aquecer o tumor, destruir as células cancerígenas e selar os vasos sanguíneos próximos.

- Ablação por micro-ondas: procedimento realizado por radiologista intervencionista, também é minimamente invasivo e destrói os tumores hepáticos por meio de ondas eletromagnéticas. Assim como na ablação por radiofrequência, utiliza-se uma agulha guiada por imagem posicionada dentro do tumor, para gerar calor e destruir as células cancerígenas. No entanto, esse método é mais eficaz para lesões maiores, e em alguns casos, dependendo da localização do tumor.

- Radioembolização: tratamento para tumores hepáticos que utiliza esferas radioativas para fornecer radiação diretamente ao tumor. Trata-se de uma terapia minimamente invasiva e direcionada, indicada tanto para tumores primários quanto para tumores metastáticos. O procedimento é realizado por via intra-arterial, por meio de cateterismo, e tem se mostrado eficaz em casos de tumores primários avançados, com trombose tumoral, ou em metástases hepáticas.

- Quimioembolização transarterial: Procedimento realizado por hemodinamicista ou radiologista intervencionista, consiste em injetar quimioterápicos diretamente no tumor, ao mesmo tempo em que bloqueia o suprimento de sangue à lesão, privando-o de nutrientes e oxigênio. Também é realizado por via intra-arterial, ou seja, por cateterismo, sendo especialmente importante para o tratamento do hepatocarcinoma.

- Radioterapia estereotáxica: procedimento não invasivo que utiliza tecnologia de alta precisão para administrar doses concentradas de radiação diretamente nos tumores. Pode ser indicada tanto para tumores primários do fígado quanto para lesões metastáticas.

- Cirurgia hepática: procedimento cirúrgico para ressecção da lesão hepática realizado por cirurgião com treinamento específico em fígado.  A técnica pode ser realizada por via laparoscópica, robótica ou de forma convencional, a depender de cada situação específica.

- Transplante de fígado: tratamento cirúrgico indicado para tumores hepáticos irressecáveis ou para tumores associados a doenças hepáticas crônicas, como a cirrose.

- Imunoterapia: tratamento conduzido por oncologista, consiste na administração de medicamentos que estimulam o sistema imunológico para destruição do tumor. Geralmente indicado em casos de doença sistêmica, quando há invasão vascular ou metástase à distância.